Belém, 2016

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Esta é uma arte visionária, recebida em uma cerimônia de Ayahuasca. O personagem central é um "Cabano", um caboclo que participou de uma das maiores revoltas populares no Brasil, uma figura que representa a resistência dos povos da Amazônia. Benzendo ele com ervas, está uma curandeira negra e benzendo com fumaça, uma curandeira indígena.

Este trabalho compôs também a identidade visual do Circuito Rock Rio Guamá em 2016, que passou pelas cidades de Belém, Capanema e Bragança no Pará.

Este ano, O Rock Rio Guamá em sua 9ª edição expressa a força dos nossos ancestrais e suas lutas para reavivar, debater e trocar saberes e práticas a respeito dos processos de resistência tão necessários no cenário político atual. Assumiremos mais uma vez o formato "além-muros", realizando a 2ª edição do Circuito Cultural Rock Rio Guamá-Caeté nas cidades de Capanema, Bragança e Belém, com o objetivo de fortalecer a cena da música autoral, formar público e facilitar trocas entre produtores, pesquisadores e artistas do estado.

Retornaremos à região dos Caetés, abrindo nossos trabalhos na comunidade de Vila Que Era, um dos marcos iniciais da história de resistência dos povos amazônicos contra a colonização europeia, somando com diversas atividades durante o II Seminário de Questões Socioambientais e Etnobiodiversidade na Amazônia, realizaremos também uma programação cultural em praça pública na cidade de Bragança no dia 29/10. Logo em seguida, desceremos com mais programações culturais rumo à Capanema no dia 4/11 e entre 8 e 11/11 aportaremos no Campus do Guamá em Belém com rodas de conversa, oficinas e o Festival na beira do Rio Guamá que já é velho conhecido de todos vocês.

arte: Filipe Almeida